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CAMONIANAS 2

Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo deste corpo descontente,
repousa tu no nos Ceos eternamente
e vida eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento Etéreo onde sobiste,
memória deste mundo se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
algu'a cousa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Pede a Deos, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo dos meus olhos te levou.
Luiz de Camões

CAMONIANA 2.01


  • Alma minha gentil, que te partiste
    Deixaste-me à mercê de minha sorte,
    D'onde estás tua lembrança me conforte,
    Por mais qu'este lugar d'agora diste.
  • Pelo que foste em vida toda quis-te
    Comigo amor sublime, meu consorte,
    Não hei de esquecer teu corpo na morte,
    Ainda que certo, não mais ele existe.
  • Matéria que desfeita não importa,
    Existirás em mim eternamente,
    Na memória qu'inteira te reporta.
  • O canto que te guardo em minha mente
    Traz-me distante desta vida morta
    A que tu me levaste quando ausente.
  • Belo Horizonte, 31 de agosto de 1996.


Camonianas
"Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia. Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação."
O soneto acima e toda a série Camonianas estão no livro; para adquirir, clique no link ou no livro.

CAMONIANA 2.02






  • Tão cedo deste corpo descontente,
    Em despeito do amor que conquistaste,
    Perdeste o fio e o prumo, também a haste,
    Porque ficaste cedo demais doente.

  • Destes males de que foste paciente,
    Dores e alegrias vieram, que contraste,
    Pois não importou dor que suportaste,
    Teu amor sempre esteve em ti presente.

  • Da medicina não te faltava arte
    Que desse o mundo, a vida contra a morte,
    Nem dos Ceos o socorro, ou doutra parte.

  • Mas nem se tivesse sido mais forte,
    Teria podido vir o amor salvar-te
    Do destino traçado de tua sorte.

  • Belo Horizonte, 1 de setembro de 1996.

Camonianas
"Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia. Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação."
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CAMONIANA 2.03

Klee
Angelus Novus

  • Repousa tu nos Ceos eternamente
    Pois mereces descanso destas penas.
    Que tão sofrida dor sentias apenas
    A de teu corpo, que tinhas dolente.
  • Tens a alma em paraíso docemente
    Do sofrer descansando, tu serenas
    A lembrar de memória alegrias plenas,
    Em que éramos tu e eu a mesma gente.
  • Eu te sofro alegria de ter perdido,
    Tenho agora do inferno nesta vida.
    Resta rogar a Deus mais um pedido:
  • Possa-m'Ele apressar minha partida,
    Dando à vida inovado esse sentido,
    Que seja o d'encontrar morto a saída.
  • Belo Horizonte, 6 de setembro de 1996.

Camonianas
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CAMONIANA 2.04


  • E vida eu cá na terra sempre triste.
    Outra que não me resta alternativa
    Restar silente per que tempo viva,
    Sofrendo desde aqui que tu partiste.
  • Tu me deste esta cruz que trago em riste,
    Hei de portá-la a toda parte altiva,
    Como troféu eterno desta diva:
    Serve pera que minha dor se aviste.
  • Teu destino que foi meu per boa parte,
    Já não é mais o mesmo que me leva,
    Do tempo d'alegria, tanta ventura.
  • Meu calvário que sofro a cantar-te,
    Na vida de que já não tenho ceva,
    Foi tua partida rápida tão dura.
  • Belo Horizonte, 18 de setembro de 1996.

Camonianas
"Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia. Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação."
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CAMONIANA 2.05


  • Se lá no assento Etéreo onde sobiste,
    Houver razão que possa compensar-te
    Do que sofreste cá nesta outra parte,
    Será por certo Glória maior que existe.
  • De tudo nesta terra eu sempre fiz-te,
    Pera provar o quanto pude amar-te,
    Querendo te poupar eu digo: Parte,
    Fica com nosso Deus, se já partiste.
  • Se menos triste eu fico e me despeço,
    Pois que sei à Suprema Glória alçaste
    Estando do Divino Deus congresso,
  • À minha dor existente, que baste,
    Junto ao descanso Eterno que te peço,
    Que recebas de Deus o quê rogaste.
  • Belo Horizonte, 6 de setembro de 1996.

Camonianas
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CAMONIANA 2.06

  • Memória deste mundo se consente,
    A quem partir daqui sem ter pecado,
    Com Deus no Paraíso decantado,
    Saudade da boa vida permanente.
  • Corresponde ao inferno tão somente,
    Pera quem se for sem ter confessado
    Tudo o que foi na vida feito errado,
    Ter-se na morte o mal da vida em mente.
  • Guardo de ti, meu Éden, a saudade,
    Todo bem me fizeste, quando estavas
    A meu lado contente e sem ter mágoa.
  • Outro fado na minha faculdade,
    E per dor, em profundas vias cavas,
    Meu chorar, que te guardo bem, deságua.
  • Belo Horizonte, 13 de setembro de 1996.

Camonianas
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CAMONIANA 2.07


  • Não te esqueças daquele amor ardente
    Que jurei aos teus pés como verdade,
    Pedindo a Deus que, por sua piedade,
    Desse-te toda fé, que fosses crente.
  • Nem olvides paixão desta patente,
    Capaz de me lançar com humildade
    Diante de Deus, em nome da Trindade,
    Implorando seu dó manumitente.
  • Que tampouco obliteres o sentimento
    Havido nos meus olhos que te miravam
    Como vendo a Maria Virgem um Anjo.
  • Menos descures minha palavra ao vento
    Que me oiças as orações que te gavam,
    Per salvação, campanha em que m'enganjo.
  • Belo Horizonte, 1 de outubro de 1996.

Camonianas
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CAMONIANA 2.08


  • Que já nos olhos meus tão puro viste.
    Que no meu coração adivinhaste.
    E que dentro de meu ser encontraste.
    Este sentimento é certo que existe.
  • Tudo isso junto, vá lá que se liste,
    É verdadeiro eu juro, caso baste,
    São ornatos na jóia pelo engaste
    De fragmentos de amor que consiste.
  • Cada parte do todo é toda afeto, ]
    O brilho que reluz espelha os olhos,

    Cada pedra, muito ouro, lavra fina,
  • Não reflete minh'alma, amor discreto,
    Repleta de crudéis dores e abrolhos,
    Desde qu'estás com Deus, na paz divina.
  • Belo Horizonte, 19 de setembro de 1996.

Camonianas
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CAMONIANA 2.09


  • E se vires que pode merecer-te
    A palavra ter crédito divino,
    Diz a Deus, pede, reza, canta um hino,
    Mas me faz que permita Ele rever-te.
  • Nunca alcanço consolo do perder-te,
    Orando muito, choro o desatino,
    A dor de tua ausência elimino
    Só morrendo, se Deus me leva a ver-te.
  • Se depende de Deus ter leta a vida,
    Tanto dependerá ter morte breve,
    Pois se teve sentido na primeira,
  • Só na segunda vai-se ter seguida.
    Mas buscá-la é que não pode nem deve,
    Há que s'esperar qu'Ele assim o queira.
  • Ouro Preto, 4 de outubro de 1996.

Camonianas
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CAMONIANA 2.10


  • Algu'a cousa a dor que me ficou
    Hei de fazer que possa melhorar,
    Ou minha vida, angústia qu'é sem par,
    Há de ter fim, é certo qu'eu me vou.
  • Só não vive quem sofre sem ter, ou,
    Tudo que a perder tem-se por amar,
    Ou nunca pena tal dor singular
    Por que padece mais, quem nunca amou.
  • Pois se perdido está o que possuí
    De amor e vida mais de ter não hei,
    Sem ti sou toda pena sofredor.
  • Logo a vida qu'inteira já vivi
    Foi no teu amor, minha única lei,
    Amor que só nos versos resta pôr.
  • Belo Horizonte, 16 de junho de 1997.

Camonianas
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CAMONIANA 2.11

  • Da magoa, sem remédio, de perder-te,
    Eu sou só, tem piedade, seu escravo.
    Per graça de salvar-me deste entravo,
    Sou fero, seu favor, quero inda ter-te.
  • Quero ser seu liberto mas manter-te
    Pera sempre comigo em desagravo
    Das lágrimas qual Cristo a cada cravo
    E desta dor de miséria sem rever-te.
  • A minha cruz adrede sendo içada
    É tua falta que traz o desengano,
    Pois se como Ele não sou forte,
  • E na dor abandono a paliçada,
    Faço-me ao largo mar a todo pano,
    Mas inda sou galé de tua morte.
  • Belo Horizonte, 24 de junho de 1997.


Camonianas
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CAMONIANA 2.12

  • Pede a Deos, que teus anos encurtou,
    Que se apiede, em seu verso d'amor,
    Do poeta d'existência só compor,
    Dê vida nova à rima que levou.
  • Pede, pois há nos ceos, junto da Grou,
    Fênix, que renasce em sua própria dor,
    Índio vate que espero per favor
    Me rime desta cruz de touaou.
  • Se tal graça quiser não me conceder
    Queira ao menos me ter morto de dó,
    Importa fazer cessar meu sofrer.
  • Sei que não serei findo nunca só
    Pois nosso Deos que é de tudo poder
    Há de misturar-te às cinzas meu pó.
  • Belo Horizonte, 24 de junho de 1997.

Camonianas
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CAMONIANA 2.13

  • Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
    Aquele cujo sopro deu-te a vida,
    Também per qual vontade és partida,
    Queira a rima que à vida me reverte.
  • Se pensei numa fuga vil e solerte
    Já não penso e retorno à dura lida.
    Sem salvação, ao ver minha caída,
    Jamais retornarei a perder-te.
  • Se é pecado buscar a morte eu vivo,
    Pois morrer em pecado é dupla morte,
    Uma perde o mundo, outra o paraíso.
  • Vou esperar a morte, mas passivo,
    Encontrando consolo em ti consorte,
    Em cada canto teu de que preciso.
  • Belo Horizonte, 21 de junho de 1997.

Camonianas
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CAMONIANA 2.14

  • Quão cedo dos meus olhos te levou.
    Ai! Que rude o destino foi per mim.
    Este padecer de dor tão grande assim
    Só termina na vida que findou.
  • Mais cedo pro meu canto te legou.
    E na verve que aqui buscar eu vim
    Hei de encontrar consolo, não meu fim,
    Em cada pé de verso me restou.
  • Na pena da existência toda nua
    Só resta per minha alma sempre rea,
    Salvar-me nesta dor de mor galé.
  • E morro e vivo em cada rima tua,
    Que te encontro nessa morte mea
    Da vida que mantenho per Sua fé.
  • Belo Horizonte, 21 de junho de 1997.

Camonianas
"Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia. Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação."
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Todo autor precisa de um parceiro, seu revisor de textos.

Todo autor precisa de um parceiro, seu revisor de textos.
Keimelion - revisão de textos - há mais de dez anos revisando todo tipo de texto.

Uma celebração camoniana

Ângelo Oswaldo


Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia.
Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação.
Com domínio das artes poéticas e conhecimento atilado do estilo, vocabulário e gramática da era quinhentista, Públio Athayde celebra a admiração pela herança maior da poesia de língua portuguesa ao desdobrar, verso a verso, a emoção e o engenho do vate.
Como num jogo de espelhos em galeria de ecos, as estrofes redimensionam o encantamento do verso camoniano, auscultando-lhe a sonoridade e mergulhando em sua paixão.
"Agoas claras que das fontes vem", os sonetos escritos entre 1996 e 1998 revelam a erudição notável e a fina sensibilidade do autor.
Ao evocar "despojos doces do meu bem passado", ele restabelece o culto do amor tal como ensinado pelo sacerdote supremo da alma gentil.
Oferece-nos uma realização admirável, que rende merecida e necessária homenagem a Camões, na aurora do quinto centenário da transplantação da língua portuguesa para as terras luminosas de Pindorama.