Nem m’alegram verduras deleitosas,
Ou paisagens pictóricas agrestes.
Nem m’encantam as vagas de ciprestes,
Ou bucólicas plagas tão saudosas.
Nem m’animam as flores olorosas,
Cujo perfume apenas vós tivestes.
Nem m’afastam saudades incontestes,
De ter lágrimas minhas dolorosas.
Nem m’assustam escarpas deste abismo,
De onde vejo o infinito sem sentido,
Nem m’afastam dali vossas lembranças.
Mas tanta imagem pura, o romantismo,
Nem m’espelha do corpo repartido
As mais rudes memórias, nem mais mansas.
Belo Horizonte, 4 de setembro de 1996.
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