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Leia as Camonianas todas |
Alegres campos, verdes arvoredos,
Têm tanto vosso encanto que vos vejo;
Que tão inspiradores, de sobejo,
Trazem do olvido líricos enredos.
Perdidos em instante doce os medos,
Tanta lembrança meiga de desejo
Que teve de seu gozo aquele ensejo,
Quando tomei de vossas mãos frios dedos.
Mas tais prados agora são distantes,
Alcançar não podemos que num sonho:
Era tanta delícia a juventude,
A primeira emoção de dois infantes,
Rediviva nos versos que componho,
Mas em verdade morta, o tempo ilude.
Belo Horizonte, 14 de setembro de 1996.
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