Semearei em vós lembranças tristes,
Tão tristes quanto minha saüdade,
De cujas memórias, em tenra idade,
Relembro a promessa de que fugistes.
Tão tristes quanto minha saüdade,
De cujas memórias, em tenra idade,
Relembro a promessa de que fugistes.
Mas serão lembranças minhas que ruístes,
D’amor prometido sem ser verdade,
Em presença de dolo sem piedade
Que nem vossa indiferença remistes.
A promessa de fazer semeadura
De lembranças que nunca vos demovem
Faço agora qu’estais perto da morte;
Não vos faria noutra ocasião, criatura,
Nem daria a vós gozos que me comovem,
Outra alegria que meu sofrer comporte.
Belo Horizonte 5 de setembro de 1996.
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