Na morte de Nathercia

ARANHA, Brito, 1833-1914, ant. possuidor
Escripta dos cegos : systema Mascaró. — 1895 Set. — [2, 1] p. 3 f. ; 22,8 x 33,5 cm ou menos
Soneto de Luís de Camões «Na morte da Nathercia», «Alma minha gentil, que te partiste» [1.º v.], vertido para o sistema Mascaró. — Duas versões em português e latim, envoltas em folha de papel almaço manchada, dobrada em forma de capa, com a nota a tinta preta pelo punho de Brito Aranha: «Para a Camoniana / Trabalho de um cego, / dirigido pelo Dr. Mascaro. / Setembro 1895». — Integra conjunto de documentação em pasta com o título: «Camões». — Existem outros exemplares em BN CAM. 46 A.
BNP Esp. N31/cx. 8

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Uma celebração camoniana

Ângelo Oswaldo


Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia.
Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação.
Com domínio das artes poéticas e conhecimento atilado do estilo, vocabulário e gramática da era quinhentista, Públio Athayde celebra a admiração pela herança maior da poesia de língua portuguesa ao desdobrar, verso a verso, a emoção e o engenho do vate.
Como num jogo de espelhos em galeria de ecos, as estrofes redimensionam o encantamento do verso camoniano, auscultando-lhe a sonoridade e mergulhando em sua paixão.
"Agoas claras que das fontes vem", os sonetos escritos entre 1996 e 1998 revelam a erudição notável e a fina sensibilidade do autor.
Ao evocar "despojos doces do meu bem passado", ele restabelece o culto do amor tal como ensinado pelo sacerdote supremo da alma gentil.
Oferece-nos uma realização admirável, que rende merecida e necessária homenagem a Camões, na aurora do quinto centenário da transplantação da língua portuguesa para as terras luminosas de Pindorama.